sábado, 14 de novembro de 2009

Poeira cósmica



Poeira cósmica


Somos poeira das estrelas, disse o astrônomo Carl Sagan, porém o que significa ser poeira estrelar?


Isto significa que somos fruto de um colapso estrelar. Uma estrela no fim de sua vida agoniza e não se aguentando mais, sucumbi sobre si mesma e explode violentamente em uma supernova, é nesta explosão que seus restos são jogados ao infinito.



Se este evento parece surreal, saiba que foi dele que o carbono que há em você e o oxigênio que respira foi produzido. Se não fosse sua morte não viveríamos.




Bem, esse é o lado “dramático-indiferente” do cosmos para conosco. O lado que nos fascina é que somos feitos de poeira estrelar, isto é, somos feito do mesmo material que compõe uma estrela e uma estrela é umas das coisas mais belas do cosmos.



Uma supernova é o evento mais violento que há no cosmos e também o mais fascinante. Assim como nascemos de uma estrela também podemos ser devorados por uma. Basta que uma próxima de nós chegue ao seu fim como uma supernova.



Tudo bem, do pó viemos para o pó voltaremos, na verdade, somos agora, poeira cósmica. E isto é o mais fascinante e o mais angustiante.

Onde estamos

Rubens Sotero

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Nós: um paradoxo

Nós: um paradoxo



Há um pequeno ponto azul, ao qual chamamos terra, um grão na imensidão.



Nele há algo de estranho, de misterioso, de raro, a saber, nós!



Nós somos parte da imensidão que chamamos cosmos, ou melhor, somos o próprio cosmos que agora quer saber sobre si próprio.




Somos o próprio mistério se perguntando por si. E perguntar nos é intrínseco, nos é inevitável. E é este o nosso karma”.



Quem é capaz de aguentar a imensidão, a solidão, o mistério? No entanto, somos impulsionados por nós próprios a querer saber o que não aguentamos. Somos demasiados pequenos e também demasiado gigantescos. Somos esse paradoxo.



Pois bem, aqui estamos nós - existindo.
do micro ao macro

Rubens Sotero