domingo, 12 de dezembro de 2010

O fim de mais um paradigma

O fim de mais um paradigma.
Sempre que os homens, os seres do conhecimento, se encontram firmem num paradigma a natureza trata-se de surpreendê-los; mostra que doutra forma também é possível. Ela é inesgotável. Quem logo se fecha a um conceito, logo terá que alterá-lo. Somos e seremos, refiro-me a todos os seres do conhecimento, alunos, ela, sempre, o mestre. Pois a natureza jamais mente!

Por algum tempo a vida tinha que ter alguns elementos fundamentais e insubstituíveis, a saber: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e fósforo. Porém, como parece não haver necessidade alguma na natureza, a vida pode ser concebida doutra forma. Pesquisadores da NASA (astrobiólogos) encontraram - uma nova forma de vida – no lago Mono, na Califórnia, EUA. Ao invés de fósforo a bactéria tem em seu DNA arsênio, um veneno para muitas outras formas de vida!

E daí, muitos podem dizer! Primeiro, e daí que, a vida animal na terra é plural, isto é, a vida é um pouco mais que do que a vida humana, por exemplo. Segundo, que somos apenas mais uma forma de vida. Terceiro e, talvez o mais importante, que a vida pode ser algo que vai além desse pequeno e pálido ponto azul que chamamos Terra. Por fim, que a natureza é sempre maior que qualquer conjetura demasiada humana! Ou como diz o Grande Heleno Cesarino, “esse grande mistério que é a vida!” (Se nenhum desses motivos te diz respeito, bem, seja, pois, niilista).

Depois que descobrimos que não estamos no centro do Cosmos e que somos descendentes dos animais, aliais, as duas maiores mudanças de paradigmas que já sofremos, a terceira, sem dúvida, seria a descoberta de vida fora da Terra. Possível é. "A química que produz a vida” diz Carl Sagan “é reproduzida facilmente por todo o cosmo. Parece improvável que sejamos os únicos seres inteligentes. É possível, mas improvável!". O cosmos é maior do que toda nossa imaginação permite concebê-lo!

O que mudaria, o quanto mudaria nossas vidas! Não estamos preparados, mesmo que queiramos conhecê-las. Elas, sem dúvida, nos surpreenderão!  Talvez seja diferente de tudo, de tudo que já vimos e de tudo que já imaginamos! Quais paradigmas serão aniquilados quando isso acontecer? Isto vai acontecer, cedo ou tarde, preparados ou não! Serão eles deuses!

Terão eles uma política, uma religião, uma ciência, uma matemática, uma curiosidade de outras vidas? Será que eles (seres doutros planetas) sabem aquilo que sabemos, isto é, será que nossa ciência é a mesma que a deles? E se eles tiverem uma religião monoteísta, na qual deus se fez um deles? Estariam eles corroborando o cristianismo, ou o islamismo, ou ainda, o judaísmo? O que terão eles a nos ensinar?!

 Rubens Sotero

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

E se...

 E se...


E se Deus não existir?
E se não existir vida após morte?

E se a teoria da evolução estiver correta?
E se existir vida fora da terra?

E se nós nunca tivéssemos existido?
E se não existir verdades?

E se o universo se extinguisse?
E se apenas a vida se extinguir?

E se não existisse guerras?
E se não existisse misérias?

E se não existir liberdade?
E se a paz não for possível?

E se...

Questione, mude. O conhecimento é fascinante... vale apena.

E se soubéssemos um pouco mais do que já sabemos?
 
 Rubens Sotero

sábado, 13 de novembro de 2010

O homem e a democracia

O homem e a democracia
Em tempos de eleições, num país “democrático” veem-se muitas infames. Os critérios de escolha são subvertidos e o que termina importando é o que menos importa. O resultado é essa maravilha.O acerto é puro acaso!
No entanto, o problema está longe de ser a Democracia, antes disso, o problema reduz-se a um verme virulento que se encontra impregnado nas entranhas putrefatas dos mortais, a saber, a ignorância.
Há também o preconceito, mas esse não é mais que disseminação daquele.
Além desses, há ainda o medo. Eis mais um demônio. Demônio? Demônio é um espelho! Ele vivi nos mais obscuros rincões da consciência. Lá onde a luz não penetra, lá onde as janelas foram obstruídas por todos seus excrementos, causa do seu puro lamentar.
A democracia só funcionará quando, ao invés de seres humanuzinhos, tivermos os Aristois, os homens superiores, os homens frutos da terra. Enquanto isso, superemo-nos!
Rubens Sotero

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

síntese do primeiro ano do blog

síntese do primeiro ano do blog
em comemoração ao primeiro ano de blog, resolvi fazer uma síntese geral de todos os postos que fiz até agora. Fiquem a vontade para comentar e obrigado pela vossa atenção.

Nós: um paradoxo

Nós somos parte da imensidão que chamamos cosmos, ou melhor, somos o próprio cosmos que agora quer saber sobre si próprio.

Poeira cósmica

Uma supernova é o evento mais violento que há no cosmos e também o mais fascinante. Assim como nascemos de uma estrela também podemos ser devorados por uma. Basta que uma próxima de nós chegue ao seu fim como uma supernova.

Há quem diga

Há quem diga que isso é uma ilusão
Há quem diga só ilusão
Ah, como há.

Ó homem, o que és tu?

És tu, ó ser racional, fruto de uma evolução, de uma cega evolução. Tens o mesmo ancestral dos macacos, e antes disso, tens o mesmo ancestral comum dos vermes. Dizem: “como pode o homem ter vindo do macaco, há tantos macacos ainda.” Como se o macaco fosse um homem que deu errado; às vezes, porém, penso se não é o homem um macaco que não deu certo!

Vossa condição

De ti mesmo foges.
De ti mesmo és um estranho.
De ti mesmo és escravo.
De ti mesmo és indigno

Necessidade de verdade

Os homens necessitam de verdades, porém não são capazes de suportá-las; e logo inventam suas próprias. E sabendo que são frágeis, vestem-nas de mistérios, ou seja, tiram-nas da experiência presente, transcendendo-as, pois estes sabem, que mentiras só fazem mal quando não se sabe que são mentiras.

A uma determinada distância
A certa distância
Toda segurança se esvanece.
Toda idiossincrasia se dissolve.
Toda vida é ofuscada por sua pequenez.


Três possibilidades do existir!


Há uma pergunta que cedo ou tarde todos se fazem: “por que estou existindo”. Há três modos de lidarmos com ela, a saber, iludir-se, fugir de si e superar-se. 


Linha do tempo.

Há um tempo não havia
Mitos, metafísica, ciência
Deuses, tão pouco:
Apenas símios simpáticos.


Aforismos

"A maneira mais fácil de ser feliz é ser ignorante. A melhor, porém é quando a dissipamos, ao menos, um pouco."

  
O traje da morte

 Em verdade eu vos digo: - vós estais condenado a ti mesmo!


Viajem no tempo

Quando olhamos para o céu estrelado o que vemos não é como ele agora é, mas como ele fora. Vemos no presente o passado. As estrelas estão tão distantes de nós que sua luz leva no menor dos casos quatro anos e meio (alfa centaury). Portanto vemo-la como fora há quatro anos e meio.

Vida como identidade
I

Há vida na semente, Há vida na planta,
Há vida em ti. 
Ter algo a mais é ter algo a menos.
Antes de qualquer coisa, és vivo
Como a lagarta e a borboleta,
Como o girino e o sapo.
Vida como identidade
II

O homem é o único ser com linguagem (informação articulada)
Certo, com linguagem humana
Toda e qualquer espécie animal é capaz de comunicar-se entre si
Assim como um burro entende outro burro
Um homem entende outro homem.
Assim como um porco não entende um pato
Um homem não entende uma galinha.
Toda primazia é demasiada humana...

Vida como identidade
III

Aqui somos muitos
Solitariamente muitos
Isso, há muito que se descobrir
Será com os estranhos que
Descobriremos o que somos na verdade.
O que somos na verdade?
Quem há de saber?
Há de saber!
Ah, se saber só bastasse
Bastaria saber e pronto.


O único sentido da vida.

Que sentido tem a vida?
Vivi-se para morrer?
Mas isso não é trágico e sem sentido?
Então, que tal a vida eterna?
Ótima ideia, certo?
Mas será que nunca morrer dá sentido a vida?
Será que a vida para ter sentido tem que ser eterna?
Se não aguentas nem a breve vida humana, aguentarias a dos anjos?
É fácil de entender: eleva teus hábitos e rotinas a potência infinita,
Eis o que desejas... Ainda desejas?
Só se deseja o que nos falta

O mistério da existência

Algo existe, a saber, o universo. Por quê? Poder-se-ia responder assim: porque é forçoso que exista! Ele simplesmente existe.

Que venha o fim

fim é necessário, não para o mundo, é claro, mas para quem o subverte e despreza-o. A terra é sagrada, portanto, digna da vida, da vida! 

Nós precisamos do mundo. O mundo não precisa de nós.


Valores e sentido


homem é o único ser que valora, por conseguinte, todo valor é demasiado humano. Valorar é dar sentido e o homem é um buscador de sentido. Ora, só se busca o que se falta, portanto, o homem não tem um sentido.


Observa-se

Num mundo distante, observa-se:

Através do poder do pensamento
todos os problemas eram facilmente resolvidos,
logo, o mundo do pensamento tornou-se
- o Primeiro.


Silêncio?!

Discurso é fonte da verdade:
A verdade é que os discursos em muito mentem!


Na verdade...

O que não se pode questionar necessita que seja chamado de verdade.


Palavras e memórias

Nossa história... teve um início, e terá também um fim.
O um fim não será lúgubre, pois, por muito, já o é.
Escrevê-la talvez seja uma vaidade demasiada humana,
mas se tudo é vaidade, façamo-la, pois, bem!


Patriotismo eis nossa virtude.

Ainda acreditamos em nações. Ainda fazemos o possível para ignorarmos nossa história. Por isso, fizemo-nos prisioneiros da nossa própria ignorância...

 O que temos de melhor

Os homens da ciência buscam apenas compreender sua história.

Linguagem como fonte de verdade

Mesmo a linguagem sendo demasiada rudimentar, servindo tão somente para expressar pequenos fatos, ela foi imprescindível e, até mesmo, eficaz. E os Sapiens pensaram: se o mundo físico é real e é possível comunicar-lhe a outrem, a comunicação deve ser real. Sendo só possível comunicar algo através da linguagem, então, concluí-se que toda comunicação comunica o real. Até porque, o que não-é não pode ser visto, ouvido, tocado ou pensado; o que não-é é incomunicável, portanto o que se diz é e deve ser sempre o real!

Rubens Sotero

domingo, 10 de outubro de 2010

Linguagem como fonte de verdade

Linguagem como fonte de verdade


 
Todos os animais possuem linguagem, isto é, aquilo com o qual é possível a comunicação mútua entre a mesma espécie. A linguagem nasce da necessidade de sobrevivência. Este é o germe originário da linguagem. Mais tarde, porém a linguagem é extrapolada por uma espécie – homosapiens – e a comunicação passa a ser escamoteada: a linguagem passa a ser sinônimo de realidade, ou melhor, de verdade. 

No início apontava-se para algo emitindo um ruído (uma “palavra”) informando a outrem; tal ruído, com o tempo, passava a ser sinônimo da própria coisa. Depois de um tempo as palavras, já bem mais elaboradas, ganham primazia sobre a própria coisa, pois mesmo sem as coisas podia-se referir-se a elas e porque enquanto as coisas iam o nome ficava. 

Mesmo a linguagem sendo demasiada rudimentar, servindo tão somente para expressar pequenos fatos, ela foi imprescindível e, até mesmo, eficaz. E os Sapiens pensaram: se o mundo físico é real e é possível comunicar-lhe a outrem, a comunicação deve ser real. Sendo só possível comunicar algo através da linguagem, então, concluí-se que toda comunicação comunica o real. Até porque, o que não-é não pode ser visto, ouvido, tocado ou pensado; o que não-é é incomunicável, portanto o que se diz é e deve ser sempre o real!

Não há regra alguma para formação de uma palavra: junta-se letras ou ruídos aleatoriamente e, assim, tem-se as palavras. Seu valor se estabelecerá com o uso. Quando as palavras são formadas para expressar fenômenos ou sentimentos elas possuem respaldo, pois seu significado precede-as, isto é, possuem referentes reais, sensível. Porém, uma hora, palavras passaram a antecederem os fenômenos ou sentimentos e começa aí a ficarem vazias. Pois o que elas poderiam significar?

No entanto, usam-se palavras sem referentes reais, sensíveis. Para corroborar a linguagem destituída de referentes reais a lógica e a imaginação faz-se imprescindível. A lógica como estrutura que dá coerência e a imaginação como a formação de imagens, ou de simulacros. Assim a tal raça fez-se escravo da razão.

Como não há regras para a formação das palavras e com o raciocínio de que só é possível dizer o real, as palavras deixam de relatar fatos para criá-los. As palavras passam a antecederem os fatos e também a ficarem vazias de significados. Quando uma palavra é destituída de significado, ela aceita todos possíveis e mesmo assim continua intocável.


Rubens Sotero

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O que temos de melhor

 O que temos de melhor


"A ciência, hoje, assumiu o papel que já fora de Deus.

Hoje, mais que antes, existem muitos hereges.

Ora, todos aceitam seus produtos, mas negam seus métodos.

A ciência é mais que seus produtos, é uma afirmação-contemplativa do imanente.

A ciência não é um novo Deus, mas tão só o melhor que nos é possível ser feito.

A ciência não nos salva, mas pode tornar-nos imortal! 

A ciência não é a verdade, até por que, não há a Verdade, mesmo assim, torna-nos um pouco menos ignorantes.

A ciência não é boa, nem ruim, o homem é que a faz assim.

Os homens da ciência buscam apenas compreender sua história.

A ciência é sim algo humano, só que ela nos diz mais sobre o mundo que sobre nós mesmo."
Rubens Sotero



terça-feira, 7 de setembro de 2010

Patriotismo eis nossa virtude.


Patriotismo eis nossa virtude.

Lutar pela sua nação isto é ser patriota. Patriotismo é, pois, a alienação duma macro visão; é isolação psicológica do tempo e do espaço.

Ainda acreditamos em nações. Ainda fazemos o possível para ignorarmos nossa história. Por isso, fizemo-nos prisioneiros da nossa própria ignorância...

... Até nós, muito tempo se passou. Mas para nós o tempo começa com o primeiro homem. Aliás, somos A raça. Seria indubitável, caso não fosse nós mesmo quem o dissesse.

Não sei se somos quem desejamos ou se somos objetos do desejo, mas uma coisa é certa: resumimo-nos a ele. Impô-lo aos demais é apenas um detalhe.

Matamo-nos; destruímo-nos, ora, somos parte do todo. – é nas cidades que estamos em perigo, estamos mais seguros na selva: pertos dos selvagens e longe dos civilizados.

Planeta Terra, eis nosso lar. Usamos em demasia o termo “nosso”! Por isso, já não sabemos mais o que dizemos quando o proferimos.

Achamo-nos os maiores, por isso fazemos o que fazemos: destruímos a nós, ao nosso lar. Como justificaríamos nosso comportamento a seres doutros planetas? Outros seres?! Não falei que somos demasiado humanos.

O contato está próximo. Muita coisa irá mudar, muita coisa! Depois disto, nunca mais seremos como já fomos um dia. Quando digo nós, refiro aos não patriotas, pois a estes, só lhes resta defenderem-se de si próprios.

Não sou profeta, apenas estou atento!







Rubens Sotero.

sábado, 21 de agosto de 2010

Palavras e memórias

Palavras e memórias


A escrita é nosso artifício para vencermos o tempo.
A escrita é a memória dum homem, duma nação.
Costumes, segredos, descobertas... conhecimento.
Sem tal os homens não seriam o que são hoje.

Séculos e séculos de conhecimento acumulado chegaram a você
Obras mortas, autores queimados...
Sacrifícios!
Mais valia salvar sua obra que a si.

É através da escrita que evoluímos.
É por ela que estamos onde estamos.
É também por ela que somos o que somos.
Mesmo para aqueles que não leem!

Os homens estão a escrever uma história
Apenas alguns são os autores principais... apesar de não haver limites
Muitos coadjuvantes... Muitos anônimos... Muitos mudos!
E muitas Sanguessugas.

Para escrever necessita-se de conteúdo,
logo quem se abstém...
... enfim.

Nossa história... teve um início, e terá também um fim.
O um fim não será lúgubre, pois, para muitos, já o é.
Escrevê-la talvez seja uma vaidade demasiada humana,
mas se tudo é vaidade, façamo-la, pois, bem!







Rubens Sotero