sábado, 13 de novembro de 2010

O homem e a democracia

O homem e a democracia
Em tempos de eleições, num país “democrático” veem-se muitas infames. Os critérios de escolha são subvertidos e o que termina importando é o que menos importa. O resultado é essa maravilha.O acerto é puro acaso!
No entanto, o problema está longe de ser a Democracia, antes disso, o problema reduz-se a um verme virulento que se encontra impregnado nas entranhas putrefatas dos mortais, a saber, a ignorância.
Há também o preconceito, mas esse não é mais que disseminação daquele.
Além desses, há ainda o medo. Eis mais um demônio. Demônio? Demônio é um espelho! Ele vivi nos mais obscuros rincões da consciência. Lá onde a luz não penetra, lá onde as janelas foram obstruídas por todos seus excrementos, causa do seu puro lamentar.
A democracia só funcionará quando, ao invés de seres humanuzinhos, tivermos os Aristois, os homens superiores, os homens frutos da terra. Enquanto isso, superemo-nos!
Rubens Sotero

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

síntese do primeiro ano do blog

síntese do primeiro ano do blog
em comemoração ao primeiro ano de blog, resolvi fazer uma síntese geral de todos os postos que fiz até agora. Fiquem a vontade para comentar e obrigado pela vossa atenção.

Nós: um paradoxo

Nós somos parte da imensidão que chamamos cosmos, ou melhor, somos o próprio cosmos que agora quer saber sobre si próprio.

Poeira cósmica

Uma supernova é o evento mais violento que há no cosmos e também o mais fascinante. Assim como nascemos de uma estrela também podemos ser devorados por uma. Basta que uma próxima de nós chegue ao seu fim como uma supernova.

Há quem diga

Há quem diga que isso é uma ilusão
Há quem diga só ilusão
Ah, como há.

Ó homem, o que és tu?

És tu, ó ser racional, fruto de uma evolução, de uma cega evolução. Tens o mesmo ancestral dos macacos, e antes disso, tens o mesmo ancestral comum dos vermes. Dizem: “como pode o homem ter vindo do macaco, há tantos macacos ainda.” Como se o macaco fosse um homem que deu errado; às vezes, porém, penso se não é o homem um macaco que não deu certo!

Vossa condição

De ti mesmo foges.
De ti mesmo és um estranho.
De ti mesmo és escravo.
De ti mesmo és indigno

Necessidade de verdade

Os homens necessitam de verdades, porém não são capazes de suportá-las; e logo inventam suas próprias. E sabendo que são frágeis, vestem-nas de mistérios, ou seja, tiram-nas da experiência presente, transcendendo-as, pois estes sabem, que mentiras só fazem mal quando não se sabe que são mentiras.

A uma determinada distância
A certa distância
Toda segurança se esvanece.
Toda idiossincrasia se dissolve.
Toda vida é ofuscada por sua pequenez.


Três possibilidades do existir!


Há uma pergunta que cedo ou tarde todos se fazem: “por que estou existindo”. Há três modos de lidarmos com ela, a saber, iludir-se, fugir de si e superar-se. 


Linha do tempo.

Há um tempo não havia
Mitos, metafísica, ciência
Deuses, tão pouco:
Apenas símios simpáticos.


Aforismos

"A maneira mais fácil de ser feliz é ser ignorante. A melhor, porém é quando a dissipamos, ao menos, um pouco."

  
O traje da morte

 Em verdade eu vos digo: - vós estais condenado a ti mesmo!


Viajem no tempo

Quando olhamos para o céu estrelado o que vemos não é como ele agora é, mas como ele fora. Vemos no presente o passado. As estrelas estão tão distantes de nós que sua luz leva no menor dos casos quatro anos e meio (alfa centaury). Portanto vemo-la como fora há quatro anos e meio.

Vida como identidade
I

Há vida na semente, Há vida na planta,
Há vida em ti. 
Ter algo a mais é ter algo a menos.
Antes de qualquer coisa, és vivo
Como a lagarta e a borboleta,
Como o girino e o sapo.
Vida como identidade
II

O homem é o único ser com linguagem (informação articulada)
Certo, com linguagem humana
Toda e qualquer espécie animal é capaz de comunicar-se entre si
Assim como um burro entende outro burro
Um homem entende outro homem.
Assim como um porco não entende um pato
Um homem não entende uma galinha.
Toda primazia é demasiada humana...

Vida como identidade
III

Aqui somos muitos
Solitariamente muitos
Isso, há muito que se descobrir
Será com os estranhos que
Descobriremos o que somos na verdade.
O que somos na verdade?
Quem há de saber?
Há de saber!
Ah, se saber só bastasse
Bastaria saber e pronto.


O único sentido da vida.

Que sentido tem a vida?
Vivi-se para morrer?
Mas isso não é trágico e sem sentido?
Então, que tal a vida eterna?
Ótima ideia, certo?
Mas será que nunca morrer dá sentido a vida?
Será que a vida para ter sentido tem que ser eterna?
Se não aguentas nem a breve vida humana, aguentarias a dos anjos?
É fácil de entender: eleva teus hábitos e rotinas a potência infinita,
Eis o que desejas... Ainda desejas?
Só se deseja o que nos falta

O mistério da existência

Algo existe, a saber, o universo. Por quê? Poder-se-ia responder assim: porque é forçoso que exista! Ele simplesmente existe.

Que venha o fim

fim é necessário, não para o mundo, é claro, mas para quem o subverte e despreza-o. A terra é sagrada, portanto, digna da vida, da vida! 

Nós precisamos do mundo. O mundo não precisa de nós.


Valores e sentido


homem é o único ser que valora, por conseguinte, todo valor é demasiado humano. Valorar é dar sentido e o homem é um buscador de sentido. Ora, só se busca o que se falta, portanto, o homem não tem um sentido.


Observa-se

Num mundo distante, observa-se:

Através do poder do pensamento
todos os problemas eram facilmente resolvidos,
logo, o mundo do pensamento tornou-se
- o Primeiro.


Silêncio?!

Discurso é fonte da verdade:
A verdade é que os discursos em muito mentem!


Na verdade...

O que não se pode questionar necessita que seja chamado de verdade.


Palavras e memórias

Nossa história... teve um início, e terá também um fim.
O um fim não será lúgubre, pois, por muito, já o é.
Escrevê-la talvez seja uma vaidade demasiada humana,
mas se tudo é vaidade, façamo-la, pois, bem!


Patriotismo eis nossa virtude.

Ainda acreditamos em nações. Ainda fazemos o possível para ignorarmos nossa história. Por isso, fizemo-nos prisioneiros da nossa própria ignorância...

 O que temos de melhor

Os homens da ciência buscam apenas compreender sua história.

Linguagem como fonte de verdade

Mesmo a linguagem sendo demasiada rudimentar, servindo tão somente para expressar pequenos fatos, ela foi imprescindível e, até mesmo, eficaz. E os Sapiens pensaram: se o mundo físico é real e é possível comunicar-lhe a outrem, a comunicação deve ser real. Sendo só possível comunicar algo através da linguagem, então, concluí-se que toda comunicação comunica o real. Até porque, o que não-é não pode ser visto, ouvido, tocado ou pensado; o que não-é é incomunicável, portanto o que se diz é e deve ser sempre o real!

Rubens Sotero