domingo, 28 de março de 2010

Viajem no tempo

Viajem no tempo

Só enxergamos o passado no presente. Para ser mais preciso, tudo o que vemos exatamente agora é o passado das coisas. Ora, a luz viaja com a velocidade finita: 300.000 quilômetros por segundo! Se fosse de velocidade infinita ela não gastaria nem um tempo para percorrer a maior distancia, ou seja, quando alguém ligasse uma lâmpada no escuro, a luz que sai dela estaria no sol, por exemplo, instantaneamente. O que não é verdade.


Como a luz tem um limite de velocidade, isto implica que quando mais distante um objeto estiver, mais a luz que ou emana dele ou chega a ele percorrerá. As conseqüências são: levaremos mais tempo para vê-lo, e quando o vir, na verdade, veremos seu passado. 

Quando olhamos para o céu estrelado o que vemos não é como ele agora é, mas como ele fora. Vemos no presente o passado. As estrelas estão tão distantes de nós que sua luz leva no menor dos casos quatro anos e meio (alfa centaury). Portanto vemo-la como fora há quatro anos e meio. – uma estrela mais distante não qual sua luz leve sessenta e cinco milhões de anos para nos atingir, se houvesse alguém lá com um super telescópio, veria os dinossauros que outrora estavam na aqui na terra.

O universo, cosmos, é tão grande que a luz leva bilhões de anos para percorrer uma “pequena” parte dele. Um ano luz é o tempo que a luz percorre durante um ano. Como sua velocidade é de 300.000 quilômetros por segundo, em um piscar de olhos ela da uma volta em torno da terra. A distancias entre a terra e sol, por exemplo, e de oito minutos luz: a luz do sol leva oito minutos viajando até nos atingir. A galáxia mais próxima de nós: Andrômeda tem 200.000 milhões de ano luz de comprimento.  

Quando mais distante mais olhamos para o seu passado. Talvez o universo não exista mais e se isso for verdade só saberemos pelo menos daqui a oito minutos ou há quatro anos e meio.

Mesmo os objetos mais próximos de nós só é possível ver seu passado. Em relação às estrelas, eles são bem mais presentes, mesmo assim a luz leva um tempo para percorrer seja qual distância for, portanto, só o vemos quando a luz chega aos nossos olhos e quando a luz chega ao nossos olhos o vemos como ele fora. (a diferencia é tão mínima que chega a ser irrelevante).

Viajar no tempo é possível, basta olhar o céu estrelado, ou até mesmo olharmos a nossa volta. O passado coexiste com o presente. De alguma forma podemos dizer que o passado é nosso presente.



- Que horas é essa?
- Bem, diz-me primeiro o que é o tempo!


Rubens Sotero 

sexta-feira, 19 de março de 2010

O traje da morte

O traje da morte

Por que vós preferis fugir de ti mesmo?
O que há de errado com vós que preferis negar-te a ti mesmo?
Por que vós usais o traje da morte?
Não percebeis que não podes matar-te a ti antes que padeças por completo?
Em verdade eu vos digo: - vós estais condenado a ti mesmo!
Não sejas covarde, encontra-te com ti e faz desse “ti” vosso melhor amigo.
O traje da morte alimenta vossa covardia – e de vossa covardia o mundo transborda!
Ó covarde, não percebes que vossa covardia de nada adianta?
Vós estais condenado a ti.
Não tentes fugir de vossa natureza.
Não sejais além de covarde, burro...
Com perdão ao pobre animal!
Vós, porém têm duas escolhas: torna-te quem és ou condena-te à covardia.
No entanto saibas que o mundo é demasiado sagrado para abrigar-te.
O mundo envergonha-se de ser capaz de gerar demasiada covardia!
O que é, pois, ser covarde? Evitar o espelho!











Rubens Sotero

sábado, 13 de março de 2010

Aforismos

Aforismos




"Os homens criam conceitos inatingíveis, para com isto, 
terem o que perseguir."
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"Premissas indemonstráveis tornam todo argumento irrefutável."
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"Entre saber e agir há um abismo onde se encontra o homem."

"Se se acha incapaz de fazer algo, estais certo."
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"A uma determinada distância um alfinete pode obstruir
a luz de uma galáxia."
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"A maneira mais fácil de ser feliz é ser ignorante.  A melhor, porém
é quando a dissipamos, ao menos, um pouco."
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"O homem tirou da natureza aquilo que mais lhe é própria: a beleza!"


Rubens Sotero

domingo, 7 de março de 2010

Linha do tempo.

Linha do tempo.

Há um tempo não havia
Tevê, rádio, computador
Muito menos, lâmpada.
A eletricidade, só no reino dos deuses.

Há um tempo não havia
Textos, jornais, livros
Imprensa não tinha.
Escrita?  Quem dera.

Há um tempo não havia
Plantio, colheita, despensa
Ia onde se tinha
O importante nunca faltava.



Há um tempo não havia
Mitos, metafísica, ciência
Deuses, tão pouco:
Apenas símios simpáticos.

Há um tempo não havia
Aves, dinossauros, vertebrados
Vermes, oxigênio, DNA
Só matéria inorgânica.

Há um tempo não havia
Plutão, urano, marte e
Sol, (quem dera a Terra)
O sistema solar era um projeto que ainda  não fora.

Há um tempo não havia
Galáxias, aglomerados, estrelas
Nem buracos negros, nem berçário estrelar,
Luz? Não, só uma grande interrogação!

Demasiado quente era.
Tudo lá estava...
Tempo? Talvez, quem sabe.
Quem sabe a eternidade, quem sabe?

... Expansão inflacionária
Átomos, estrelas... galáxias
Planetas... vida... consciência:
Eis o Cosmos!

Hoje há:
Cultura, satélite, internet, guerra
Trabalho, moda, universidade, igreja
Eis o homem!









Rubens Sotero