quarta-feira, 13 de abril de 2011

O reflexo de Deus

O reflexo de Deus


Massacres, violência, deterioração dos valores, tudo isto se resume à falta de Deus no coração dos homens. Ora, Deus é amor.

A crença em Deus nos deixa mais benévolos, compassivos; torna-nos mais Divinos. A descrença, portanto, o contrário. É por isso que devemos nos apegar a Ele, servi-Lo, obedecê-Lo, amá-Lo, contemplá-Lo, temê-Lo; enfim, tê-Lo em nossos corações. Quem O busca será aceito e, por conseguinte, será um soldado, um servo: uma ovelha que tem como pastor o soberano Criador do universo. Somos imagem e semelhança.

Melhor, porém, que o escolher é ser escolhido pelo Divino. O que de mais nobre pode nos acontecer? O único ser onipotente do cosmos nos quer! No meio de nossos mais íntimos pensamentos, o Divino fala-nos. Cabe-nos apenas saber escutá-Lo e obedecê-Lo.


Isto tudo é tão verdade que a época mais proeminente da história humana, isto é, o tempo em que vivemos no melhor dos mundos possíveis: o saber em seu ápice, graças à liberdade de expressão; a sociedade coesa; a paz sublime entre os homens foi a Idade Média. Nunca, na história, Deus esteve em tamanha evidência, quanto na Idade Média.

Sempre que desejarmos convencer outrem da importância de Deus na vida dos homens, levo-o a Idade Média; mostre-lhe a beleza que foi essa época memorável graças ao temor e obediência a esse Ser que tanto nos falta hoje. 

Rubens Sotero 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Da doença de si.

Da doença de si.

A seleção natural engendrou em cada um de nós o germe da competição, isto é, aquela força cega da preservação-de-si, do mais forte. Em todos os outros animais, ela tem como princípio mantê-los vivos, o mais forte perpetuará a si, enquanto espécie. Já nos sapiens tal força subverteu-se, transfigurou-se; usam-na, não porque são fortes, pelo contrário, porque são demasiados fracos: preservar a mim é ver a diferença.

Eles são japoneses. Eles são negros. Eles são comunistas. Eles não gostam de vinho. Ser forte é ser fraco. Preservar-a-si tornou-se um proteger-se da diferença dos iguais, ou seja, uma negação da vida. Competir é a preservação de si enquanto espécie; é maximizar a vida, não enquanto indivíduos mesquinhos, mas enquanto espécies.

Àquele que enxerga fronteiras, àquele que enxerga raças, àquele que enxerga mesquinharias digo-lhes apenas uma coisa: encontrai-vos enfermos de vos mesmos. A única coisa que devemos buscar cegamente é pela perpetuação da Vida, daquilo que – é comum a todos. Enquanto assim não for, o homem continuará a ser o verme da Terra. É preciso que olhemos um pouco além de nós mesmo. Num rincão qualquer do universo encontra-se Vida: a terráquea. Que, aliás, pode ser a única em todo o Cosmos!
Rubens Sotero