terça-feira, 18 de janeiro de 2011

As palavras e Deus

As palavras e Deus

Foi o homem, a criação divina, que designou tudo!
Deus não é só um nome: é bem mais...
Ele tem muitos nomes!
Porém, não chamemo-lo em vão.

Desculpem os politeístas pelo uso singular do termo “deus”...
É apenas força do hábito.  (Eu sei, há outros – mesmo que sejam puros nomes)
Desculpem-me, também, vocês, monoteístas (eu sei que vocês são três)
Cada um tem o seu Deus.

Que diferença faz chamar Deus de Zeus ou de Shiva?
Ele, afim de não deixar dúvidas, disse: eu sou o que sou!
Um nome, portanto, não é capaz de mudar sua natureza!
Aliás, os nomes são estéreis... ocos.
Nome e realidade só com Ele... e “faça-se a luz” (é preciso!)

Deus, Aquele mais comum entre os ocidentais, foi um ditador.
Ditou o primeiro grande livro da nossa história. (com direito a segunda edição)
Lê-lo não é um ato comum; interpretá-lo ao bel prazer, sim.
Tudo bem, as palavras são ambíguas; por isso, Ele se utilizou delas!
 
 Rubens Sotero

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A pequena consciência

A pequena consciência

Em face da grande enxurrada de notícias, com as quais somos bombardeados todos os dias, sobre tudo, as ligadas ao meio ambiente, não é de se espantar que os homens começassem a criar uma consciência ambiental. Uma atitude louvável, porém de uma ignorância demasiada.

O homem depois de um longo distanciamento da natureza, encontra-se forçado a retorna a ela, isto é, a percebê-la como intrínseca a vida. No entanto essa retomada está comprometida, visto os homens terem perdido quase que por completo a ideia de imanência. Por isso, o máximo que eles podem ter é uma pequena consciência: ambiental. (Ainda nos vemos à parte) A falta de reflexão histórica é causa também disto. 

O planeta Terra encontra-se doente, isto é fato. Doença essa chamada homem. No entanto não é necessário que assim permaneça. Assim como um verme corroí um cadáver o homem dilacera a Terra.  Hoje, ela não se encontra como já fora: um paraíso. E, claro, temos grande influencia nisto.

Mesmo assim, o que corre risco não é o planeta e sim nós, homens. Só que a pequena consciência não o sabe. Ora, quantos e quantos seres aqui já estiveram e nunca mais hão de voltar: os dinossauros, por exemplo. Mas é claro, o homem se fez imagem e semelhança de sua própria imaginação e agora se acha maior do que aqueles.

Além disso, isto é, de acharem que devem proteger o planeta, que é de uma inocência tremenda, nós aproveitamos para lucrar. Venda de crédito de co2. Ainda estamos enfermos.

Precisamos sim cuidar do planeta, mas antes de tudo, precisamos cuidar de nós mesmo. Quando falo em cuidar, não falo em luxuria, antes disso, falo na grande consciência: a consciência cósmica. Mas isto implica em superação. E o homem precisa ser superado. Uma vez atingida tal consciência tudo será um!

O planeta Terra já foi palco de várias extinções em massa e ainda está aí, firme. Precisamos, não, necessitamos, se é que queremos viver por aqui por mais tempo, de criarmos a grande consciência. Só assim, o planeta encontrar-se-á salvo dessa enfermidade e, por conseguinte, nós, homens, seremos dignos deste lugar sagrado que estamos a emporcalhá-lo com nossa ignorância.
Rubens Sotero