Viajem no tempo
Só enxergamos o passado no presente. Para ser mais preciso, tudo o que vemos exatamente agora é o passado das coisas. Ora, a luz viaja com a velocidade finita: 300.000 quilômetros por segundo! Se fosse de velocidade infinita ela não gastaria nem um tempo para percorrer a maior distancia, ou seja, quando alguém ligasse uma lâmpada no escuro, a luz que sai dela estaria no sol, por exemplo, instantaneamente. O que não é verdade.
Como a luz tem um limite de velocidade, isto implica que quando mais distante um objeto estiver, mais a luz que ou emana dele ou chega a ele percorrerá. As conseqüências são: levaremos mais tempo para vê-lo, e quando o vir, na verdade, veremos seu passado.
Quando olhamos para o céu estrelado o que vemos não é como ele agora é, mas como ele fora. Vemos no presente o passado. As estrelas estão tão distantes de nós que sua luz leva no menor dos casos quatro anos e meio (alfa centaury). Portanto vemo-la como fora há quatro anos e meio. – uma estrela mais distante não qual sua luz leve sessenta e cinco milhões de anos para nos atingir, se houvesse alguém lá com um super telescópio, veria os dinossauros que outrora estavam na aqui na terra.

Quando mais distante mais olhamos para o seu passado. Talvez o universo não exista mais e se isso for verdade só saberemos pelo menos daqui a oito minutos ou há quatro anos e meio.
Mesmo os objetos mais próximos de nós só é possível ver seu passado. Em relação às estrelas, eles são bem mais presentes, mesmo assim a luz leva um tempo para percorrer seja qual distância for, portanto, só o vemos quando a luz chega aos nossos olhos e quando a luz chega ao nossos olhos o vemos como ele fora. (a diferencia é tão mínima que chega a ser irrelevante).
Viajar no tempo é possível, basta olhar o céu estrelado, ou até mesmo olharmos a nossa volta. O passado coexiste com o presente. De alguma forma podemos dizer que o passado é nosso presente.
- Que horas é essa?
- Bem, diz-me primeiro o que é o tempo!
Rubens Sotero