Lixo.
Acreditamos, ou fingimos acreditar, no mito de jogar fora. Estamos num planeta, e tudo o que usamos – dos itens indispensáveis aos supérfluos – são jogados no mesmo solo em que, não só nós, mas que todos os outros seres habitam. Lixo é uma ilusão confortante para quem não suporta seus excrementos: o que os olhos não veem o coração não sente. Estamos fazendo do nosso planeta uma lata de lixo – com todos dentro. Só mais um agravante: estamos crescendo em termos quantitativos, claro.“Mas pensando bem, se deus criou os céus e a terra. E se estamos aqui só de passagem, então não importa o que fazemos com o planeta, que com todo o direito chamamos nosso, afinal somos filhos do dono.”
O planeta não é nosso. A vida é um acontecimento raro.
Rubens Sotero
O "problema" é ver o problema apenas de uma só perspectiva. O fato de alguém acreditar em um Deus não justifica a degradação do planeta. Quem disse que depois de findada a vida este planeta não é mais necessário? Meu caro, estamos lidando com o grande mal da humanidade: a ignorância. O homem ignora o que "ele é", o que é "o seu planeta", o que é "esta vida", o que é "a morte" e o que acontece depois dela. "Homem exercitai o cérebro, o conhecimento amplia o peito".
ResponderExcluirO planeta deixa de ser necessário quando se acredita que existe um lugar melhor do que ele: se eu vou para um "lugar" melhor, que se exploda esse vale de lágrimas. É esse o problema. Se soubéssemos apenas que o planeta nao é nosso e que a vida é um evento raro, as coisas talvez mudassem um pouco, mas isso é utopia.
ResponderExcluirEntendo... mas quem disse que depois de morrer se abandona o vale de lágrimas? Se re-conciliar com a divindade requer um grande esforço intelectual e ascese. São poucos os que ascendem em sua evolução espiritual para chegar até o segundo degrau e assim por diante. O que isso quer dizer: o mediocre que não está "preocupado" com sua evolução estar condenado ao ciclo de nascimentos e mortes, e isso implica sua existência neste planeta. É mais ou menos isso, apesar do pouco rigor de minhas palavras, sou um humilde buscador do caminho.
ResponderExcluirBelíssimas palavras, Otávio Vieira!
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