Acabou de sair meu artigo pela revista Enciclopédia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) intitulado boa leitura
DA IMPOSSIBILIDADE DE SE DEMONSTRAR A EXISTÊNCIA DE DEUS: CRÍTICAS HUMEANAS AO ARGUMENTO ONTOLÓGICO DE SANTO ANSELMO
boa leitura
Quanto de verdade suporta um espírito humano? Este é um blog para todos e para ninguém! Poesia e filosofia estarão juntas testando paradigmas. Se os seus não estão firmes, não leia; se estão, coloque-os a prova...
As pessoas mesmo partindo do mesmo conjunto de dogmas, isto é, da mesma religião, chegam à conclusões discrepantes. E não obstante, umas acham-se mais certas que outras. Discutem como se soubessem a verdade. Mas, na verdade, o que acontece é que além de desconsiderarem as contradições explicitas do próprio sistema, ainda não conseguem analisá-lo de fora (o dogma não os permite).
E isto é só
o começo. Quem Ele não perdoa, vai para o inferno; quem Ele perdoa, vai para o
céu. Se alguém por ventura matar os assassinos de Deus, será mandado para o
fogo do inferno, ora, é proibido matar (com perdão do paradoxo).
Aqueles, porém que mataram Deus vão para o céu. Se Deus perdoar tanto seus
assassinos quanto os assassinos de seus assassinos, (pois Ele é amor) então –
não matarás é arbitrário – e mais uma vez ele vai contra si, a menos que Ele
seja injusto. Mas Deus não pode ser injusto.
Dizem que a fé cura.
Será ela, porém um remédio? Bem, dizem que a diferença entra o remédio e o
veneno é a dosagem. Se a fé é pequena, ela não serve; se ela, porém, é grande,
envenena, torna-nos psicótico: ora, vemos o que os olhos não veem, sentimos o que
o tato não capta... A fé, então é uma doença? Jamais. Porém é contagiante e
mata!
Segundo
Aristóteles todos os homens buscam por
natureza saber. Parece óbvia tal afirmação, contudo não é o que se observa.
Se fosse verdade, não haveria tantas pessoas supersticiosas como há hoje.
Vejamos por que.
“Qual
cristão por cultura ou por devoção não sente uma indignação ao ver os
cientistas utilizarem animais inocentes de cobaias em suas experiências um
tanto cruéis? Quem, se tivesse o poder de proibir, não impediria tal barbárie
desses cientistas que desejam ser deuses? Os cientistas podem ser comparados aos
carrascos de Auschwitz com a diferença que os cientistas ganham prêmios por
tais crueldades.”